No Brasil, a preservação natural é rara devido ao clima tropical e ao solo ácido, que aceleram a decomposição do corpo.

No Museu Nacional havia Mumias RARÍSSIMAS devido a dificuldade de preservaçao de corpos humanos naturalmente mumificados . Por isso, os indivíduos achados em Goianá, Minas gerais, no século XIX de são tão interessantes.

Entre as mais raras existia uma mumia de mulher associada a crianças natimortas. Esta descoberta foi doada ao imperador Dom Pedro II pela cafeicultora Maria José de Santana, dona da fazenda na qual localiza-se a Caverna da Babilonia, em Minas Gerais, onde foram resgatados. O clima seco e frio de serra explica este achado raro no Brasil de corpos mumificados .

A mulher teria entre 24 e 26 anos, 1,48 metro de altura e deve ter morrido há cerca de 600 anos, antes da chegada dos europeus. Os bebês têm um mês e um ano de vida.

Embora seus corpos tenham sido encontrados juntos, na mesma caverna com restos de outros indivíduos, não é possível afirmar que sejam mãe e filhos. Seus corpos foram amarrados junto a ossos, bolsas trançadas em fibras, rede de dormir, uma conta grossa e uma cruz de fios.

Estes objetos e o local dos achados inicialmente indicaram que ela poderia ser do grupo botocudo, da etnia Maxakali, Kanacam ou Makuni. A caverna certamente era usada como cemitério.

Mas pesquisas recentes do Prof. Marcelo Sant’ana Lemos indicam iria que o sepultamento seria Coroado/Corpo ou Puri. Pelo fato de ser da região de Visconde de Rio Branco, antigo aldeamento de São João Batista do Presídio.